sábado, 5 de março de 2011

Antropologia

A Antropologia nasceu do estudo de historiadores culturalistas e pesquisadores de campo. Os interesses antropológicos navegam sob o estudo de religiões, artes, arqueologia mundiais.
Inicialmente a Antropologia teve como linha de estudo a Biologia, história da linguagem e da arte, as primeiras contribuições teóricas foram feitas por médicos e biólogos.
As esferas do estudo da Antropologia atualmente, são a Antropologia Biológica, que estuda o homem como ser biológico, dedicando-se a compreensão das diferenciações humanas; a Arqueologia, uma antropologia social, se dedica ao estudo do homem no tempo, ou seja, estuda sociedades de tempos remotos; Antropologia Social ou Cultural, ou ainda, Etnologia estuda o homem produtor e transformador da natureza, que faz parte de um complexo sistema de valores, essa esfera antropológica busca compreender as dimensões culturais e sociais. Segundo o método da Reflexividade devemos entender os valores do outro para entender os nossos.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Consciência Sociológica: entendendo o que é sociologia.

Sociologia é uma tentativa de compreensão. “O fascínio da sociologia está no fato de que sua perspectiva nos leva a ver sob nova luz o próprio mundo em que vivemos.! (Berger, 2002. P.31)
O sociólogo olha além do que é oficialmente definido e, geralmente, aceito. Ele tem, então, a consciência de que tem de enxergar além dos parâmetros aceitos e, ou impostos oficialmente (além das fachadas das estruturas sociais).
Ao olhar cenas comuns do cotidiano deve-se pensar no que está implícito, no existente por trás daquele ato e que não está posto de forma clara, os símbolos, os costumes, a linguagem.
Um problema sociológico consiste em compreender uma interação social, é o estudo do decorrer dos fatos, buscando entender desde o início dessa interação. “[...] é exatamente essa capacidade de olhar uma situação dos pontos de vista de sistemas interpretativos antagônicos que constitui uma das características da consciência sociológica.” ( Berger, 2002. P.48). Portanto, a consciência sociológica tem como uma de suas principais características desmistificar profundos fenômenos da sociedade. Outra característica é a não-respeitabilidade da sociedade. Esse elemento ou método sociológico consiste em não enxergar a sociedade com o “véu” da respeitabilidade, ou seja, ter uma percepção de outros mundos, outras realidades sociais que diferem-se da fachada, ou aparência, da classe média. Realidades como, por exemplo, dos hippies, de movimentos como o MST, moradores de rua etc.
Vivemos em um mundo onde tudo é relativo no tempo e no espaço, nenhuma verdade é absoluta, cada um tem uma forma de interpretar os fatos. A consciência sociológica enxerga esse processo relativista como um fato cultural que abrange todos os sistemas sociais, possui uma característica cosmopolita, aquela que se julga cidadã do mundo inteiro, como fala o autor, “A perspectiva sociológica constitui um panorama amplo, aberto e emancipado da vida humana.” (Berger, 2002. P.64)Sociologia é uma tentativa de compreensão. “O fascínio da sociologia está no fato de que sua perspectiva nos leva a ver sob nova luz o próprio mundo em que vivemos.! (Berger, 2002. P.31)
O sociólogo olha além do que é oficialmente definido e, geralmente, aceito. Ele tem, então, a consciência de que tem de enxergar além dos parâmetros aceitos e, ou impostos oficialmente (além das fachadas das estruturas sociais).
Ao olhar cenas comuns do cotidiano deve-se pensar no que está implícito, no existente por trás daquele ato e que não está posto de forma clara, os símbolos, os costumes, a linguagem.
Um problema sociológico consiste em compreender uma interação social, é o estudo do decorrer dos fatos, buscando entender desde o início dessa interação. “[...] é exatamente essa capacidade de olhar uma situação dos pontos de vista de sistemas interpretativos antagônicos que constitui uma das características da consciência sociológica.” ( Berger, 2002. P.48). Portanto, a consciência sociológica tem como uma de suas principais características desmistificar profundos fenômenos da sociedade. Outra característica é a não-respeitabilidade da sociedade. Esse elemento ou método sociológico consiste em não enxergar a sociedade com o “véu” da respeitabilidade, ou seja, ter uma percepção de outros mundos, outras realidades sociais que diferem-se da fachada, ou aparência, da classe média. Realidades como, por exemplo, dos hippies, de movimentos como o MST, moradores de rua etc.
Vivemos em um mundo onde tudo é relativo no tempo e no espaço, nenhuma verdade é absoluta, cada um tem uma forma de interpretar os fatos. A consciência sociológica enxerga esse processo relativista como um fato cultural que abrange todos os sistemas sociais, possui uma característica cosmopolita, aquela que se julga cidadã do mundo inteiro, como fala o autor, “A perspectiva sociológica constitui um panorama amplo, aberto e emancipado da vida humana.” (Berger, 2002. P.64)
Referências:
BERGER, P. Perspectivas Sociológicas: uma visão humanística. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

Objetividade um mito inalcançável

Ser ou não objetivo jornalísticamente é um dos temas mais abordados dentro dos cursos de jornalismo. Nos primeiros semestres a maior parte dos acadêmicos considera esta uma das características da profissão e, com o passar do tempo, vai-se entendendo o sentido da objetividade e, a partir daí, começa-se a discordar.
Como diria Carlos Chaparro, “A notícia e a reportagem não são relatos frios de coisas meramente materiais. Os fatos jornalísticos tem materialidade, sim. Mas tem, principalmente, causas, efeitos, contextos, significados”. No momento em que encontramos uma pauta para matéria ou reportagem, subjetivamente julgamos que é assunto importante para ser noticiado à sociedade, quando escolhemos o título que daremos ao texto entre mil e uma possibilidades emitimos valor de juízo, fizemos nossa escolha por algum motivo que muitas vezes é quase imperceptível, vem do nosso inconsciente. Igualmente quando escolhemos a(s) foto(s) que ilustrarão nossos textos, decidimos entre dezenas delas a que melhor mostra a informação que desejamos passar aos leitores, segundo nosso ponto de vista.
Ao escrever, seja para rádio, TV, impresso estamos à serviço da informação, e nossa carga psicológica, emocional e de conhecimento não permite a anulação total de opinião. Podemos e devemos sim, informar a população sobre todos os fatos importantes, sejam eles assuntos dos quais gostamos ou não; devemos dar voz a todos os envolvidos nas histórias que contamos; devemos mostrar todos os lados de cada fato ocorrido. Essas são características da isenção jornalística, mas isso não significa que em todos os momentos deixamos de lado nossa subjetividade.

A reforma, ou desordem agrária brasileira

O MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, é visto pela grande mídia e pelos opositores à esquerda como uma guerrilha; nem mesmo os partidos que trazem no nome o socialismo, nem mesmo o Partido dos Trabalhadores – eterno “defensor” da reforma agrária e “protetor” do MST – defende e contribui para que a reforma agrária brasileira seja feita com honestidade e o mínimo de dignidade para os acampados e assentados do movimento.
O MST, movimento social e político é mau visto por boa parte da sociedade, por mais que as pessoas “encham a boca” para falar em regimes políticos opressores e proteger os seus rebeldes – que defenderam alguma causa em tempos distantes ao nosso - , criticam todos os grupos que se rebelam ou fazem manifestações contra o governo ou contra qualquer entidade. Em pesquisa realizada pelo IBOPE, para identificar a imagem do MST, “seis em cada dez moradores das Regiões Metropolitanas acreditam que esse tipo de movimento social no Brasil está se aproximando da criminalidade. Essa percepção é mais forte em Porto Alegre, Belo Horizonte e Distrito Federal, além de crescer com a escolaridade”.
Não estou à defender nenhum grupo, movimento ou sistema econômico, apenas defendo que todas as realidades deviam ser mostradas igualmente. Tem-se notícia de assentamentos no sul do Brasil que conseguem sobreviver em harmonia e igualdade, centenas de famílias vivendo em cooperativa, um sistema de economia socialista que incrivelmente tem dado certo dentro de um sistema político - econômico capitalista que vem se desgastando. E essa não é a realidade que os poderosos, detentores da economia do país e classe formadora de opinião, quer divulgada nos grandes noticiários do país. É melhor que sejam vistas e revistas as notícias de grupos que usam o MST para praticar atos de vandalismo, destruindo pesquisas de universidades, plantações de laranja etc. Realmente estes são fatos alarmantes e que deviam servir de alarde para que a Constituição de 88, Art.184 seja revisto, e algum órgão responsável por fiscalizar quem são os integrantes do grupo fosse criado.

Constituição Federal 1988- Da ordem econômica e financeira. Cap.III-Da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária

Art. 184 - Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

A situação dos agropecuaristas brasileiros já é bastante delicada, mais ainda se torna quando um grupo sem a menor instrução de como usar a terra, sem equipamentos mínimos necessários e sem produtos para iniciar qualquer cultivo ocupa uma área; isto é o que acontece com a maior parte das terras destinadas à reforma agrária no nosso país. E assim, a estes passos nunca teremos distribuição de renda, reforma agrária e aceso à educação igual para todos etc.

O que é a Mídia Alternativa?

O fato de haver uma mídia que vá contra um sistema econômico, social ou cultural e rebate-os a caracteriza como Mídia Alternativa. Ela surge como uma alternativa aos grandes meios de comunicações predominantes, tem como finalidade de existência a comunicação verdadeira através de uma nova linguagem de produção cultural.
Durante a ditadura militar a mídia alternativa buscava a democratização das informações, dos meios de comunicações e discursava pelo fim da censura imposta pelo Governo Militar.
Usavam os fanzines, grafites e obras de arte que fugiam da estética tradicional formando as novas formas de comunicação para dissipar as lutas políticas pela liberdade e pela democratização. O maior representante dessa Mídia Independente foi “O Pasquim”, tablóide que surgiu no ano de 1969 no Rio de Janeiro, marcou por sua irreverência e revolucionou o jornalismo da época com muito humor e anarquia e com uma linguagem simples, chegando a vender até 250 mil exemplares.
No radiojornalismo destacaram-se como rádios que fizeram parte dessa mídia alternativa a “ Paranóia” no Espírito Santo e a “Spectro” no interior de São Paulo, as rádios forma fechadas e criados órgãos de como o CONTEL (Conselho Nacional de Comunicações), responsável pela fiscalização e concessões dos canais radiofônicos.
A Mídia Alternativa tentou transmitir ao mundo informações sobre os problemas ocorridos no Brasil desde o Golpe de 31 de Março. Este foi um meio importantíssimo que foi reprimido, sofreu censuras e perdeu muitas pessoas que foram silenciadas para apenas uma finalidade: a manutenção de uma ordem e de uma classe.